Leia os textos a seguir para responder aos itens 1, 2, 3 e 4.
Texto 1: Perigo no céu – Os riscos de soltar pipas em locais inadequados
Soltar pipas é uma atividade divertida e tradicional, especialmente durante o período de férias, mas requer supervisão para que seja segura, pois, muitas vezes, crianças não conhecem o perigo de empiná-las perto de fios de energia elétrica ou o perigo de ficar na rua sem acompanhamento de adultos.
Dados recentes da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) mostram que, no último ano, foram registrados mais de 3.000 acidentes em redes elétricas causados por pipas. Somente neste mês, 134 acidentes aconteceram no Estado do Rio Grande do Sul. O engenheiro elétrico João Santos, especialista em segurança pública, explica que a linha da pipa, ao tocar nos fios, pode causar descargas elétricas fatais. “Muitas vezes, uma simples distração de segundos pode resultar em graves choques, levando a ferimentos sérios ou até à morte,” comenta Santos, reforçando a importância de realizar essa brincadeira com a presença de um adulto, em locais abertos e livres de cabos.
Outro risco vem do uso de linhas cortantes, como as feitas com cerol e linha chilena, que continuam a ser utilizadas, apesar da proibição desde 2002. De acordo com o Instituto de Segurança no Trânsito, essas linhas são responsáveis por cerca de 200 acidentes anuais, especialmente com ciclistas e motociclistas, em épocas de maior prática, como as férias de julho e janeiro. “O uso dessas linhas é ilegal e perigoso, podendo causar ferimentos profundos e até fatais", alerta o advogado Eduardo Martins, especialista em segurança pública.
Para aproveitar a brincadeira com segurança em qualquer época do ano, é recomendável escolher locais como parques e praias e nunca utilizar linhas cortantes. Com a supervisão de um adulto e seguindo esses cuidados, é possível se divertir com pipas com amigos e família sem correr riscos.
Texto 2: Internet segura – Como navegar na rede sem perigo
A internet é uma ferramenta incrível para aprendizado e diversão, mas também pode apresentar riscos, especialmente para crianças. Segundo uma pesquisa realizada em 2023 pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS), aproximadamente 60% dos jovens entre 9 e 14 anos relataram ter acessado conteúdos inapropriados ou mantido contato com desconhecidos nos últimos seis meses. A psicóloga infantil Mariana Souza alerta para a importância da supervisão dos pais: “Crianças podem, sem querer, compartilhar informações pessoais. Isso é perigoso porque há pessoas mal-intencionadas na rede, especialmente em períodos como as férias de verão, quando as crianças passam mais tempo on-line.”
Compartilhar dados como nome, endereço ou escola pode ser um problema sério. De acordo com o Centro de Estudos e Pesquisas de Segurança na Internet (CPSI), 1 em cada 4 casos de cyberbullying e exposição inadequada ocorre devido ao compartilhamento de informações pessoais, sendo o aumento mais notável nas férias escolares, entre dezembro e janeiro. “Conversar com um adulto antes de postar fotos ou acessar novos sites é essencial", orienta Mariana Souza, destacando que esse diálogo constante cria um ambiente de segurança e confiança.
Navegar pela internet pode ser muito divertido e educativo, principalmente durante o ano letivo, com horários mais supervisionados. Para aproveitar todos os benefícios da rede, o ideal é sempre contar com a orientação de alguém de confiança e evitar expor dados pessoais, promovendo uma experiência on-line segura ao longo do ano.
1. Um assunto comum nas duas reportagens é
(Com base nos textos da questão 1)
2. Podemos afirmar que outro assunto comum nas duas reportagens é
(Com base no Texto 1 da questão 1)
3. De acordo com o texto 1, o período de maior prática da atividade de soltar pipas ocorre
(Com base no Texto 2 da questão 1)
4. No texto 2, “Internet Segura - Como Navegar na Rede Sem Perigo”, as crianças precisam contar com a orientação de alguém de confiança para navegar
5. Leia os textos a seguir.
Texto 1: Jornal "Vozes do saber" - Escola promove semana de debates sobre padrão de beleza e antirracismo
Na última terça-feira, durante uma atividade de educação física, um incidente de discriminação chamou a atenção da Escola Vozes do Saber. Um estudante fez um comentário ofensivo sobre o cabelo de uma colega, o que gerou uma conversa urgente sobre o respeito e a valorização da diversidade. Em resposta, a direção da escola decidiu promover uma Semana de Debates sobre Padrão de Beleza e Antirracismo, envolvendo todos os estudantes.
A programação contará com palestras, rodas de conversa e atividades interativas, incentivando reflexões sobre o que significa beleza em nossa sociedade e como o racismo afeta a autoestima e as relações. O objetivo é que os estudantes compreendam a importância de respeitar as diferenças e que todos os tipos de cabelo e cores de pele merecem ser valorizados. Professores, pais e convidados especiais participarão das discussões, enriquecendo o diálogo com experiências e pontos de vista variados.
"Acreditamos que a educação é o caminho para transformar mentalidades. Queremos que nossos estudantes aprendam desde cedo a importância de reconhecer e combater o racismo em todas as formas", declarou a Supervisora Escolar. A Semana de Debates espera ser um marco na construção de um ambiente escolar mais acolhedor e respeitoso para todos.
Texto 2: Jornal "Conexão escolar" - Roda de conversa reúne escola, alunos e famílias para discutir inclusão e antirracismo
Na semana passada, a Escola Conexão Escolar vivenciou um episódio de exclusão entre crianças que gerou uma reflexão importante sobre inclusão e respeito às diferenças. Durante uma brincadeira no recreio, um estudante que usa cadeira de rodas foi deixado de fora, pois os colegas acreditavam que ele não conseguiria acompanhar a atividade. O ocorrido preocupou professores e funcionários, e a direção da escola decidiu organizar uma roda de conversa com a turma, para abordar a importância de respeitar as particularidades de cada um e promover a empatia entre todos. Durante a roda de conversa, os alunos tiveram a oportunidade de falar sobre suas experiências e sentimentos. Mariana, de 10 anos, expressou tristeza ao ver o colega excluído: “Eu não tinha pensado que ele ficaria chateado. Achei que era só uma brincadeira, mas agora percebo que foi errado”, contou a aluna, que também participou da atividade com a presença de sua família. Lucas, o estudante que havia sido deixado de fora, relatou sua experiência: “Eu queria brincar com eles, mas disseram que não ia dar para eu participar. Isso me deixou triste. Gostei da roda de conversa porque pude explicar como me senti, e meus amigos me ouviram de verdade."
A escola também convidou os responsáveis para uma reunião, em que compartilharam pontos de vista e refletiram juntos sobre como promover um ambiente mais inclusivo. Segundo a diretora, o objetivo era fortalecer o papel das famílias na construção de valores de respeito e empatia nas crianças. "Acreditamos que o diálogo é essencial para resolver conflitos e ensinar nossas crianças a valorizar as diferenças. Contar com o apoio dos pais foi fundamental", declarou a diretora.
O assunto comum nas duas reportagens é
6. Leia os textos a seguir.
Texto 1: Governo Federal premia 18 iniciativas que promovem os direitos da criança e do adolescente
Garantir que os direitos das crianças e adolescentes sejam cumpridos. Este é o objetivo das 18 iniciativas que receberam o Prêmio Brasil Amigo da Criança, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), nesta sexta-feira (19). As ações condecoradas com medalhas e certificados foram divididas em sete categorias e são voltadas à promoção e fortalecimento dos direitos da criança e do adolescente. [...]
Representante da iniciativa “A Fome não Espera", Carlos Augusto Soares, que recebe cestas de alimentos e distribui para instituições que atendem famílias em vulnerabilidade, destacou a importância do reconhecimento federal. "Esse projeto tem muito a crescer. É uma forma de fazer política pública que pode ser expandida para todo o Brasil", disse. [...]
Texto 2: Webinário debate a importância do futebol nas escolas.
Futebol na escola foi o tema abordado no quarto evento da 2ª Jornada de Seminários do Programa Integra Brasil, nesta quinta-feira (22). Uma iniciativa do Governo Federal, a atividade faz parte da série de ações que promovem ações em campo com a temática dos direitos humanos, principalmente nas regiões de vulnerabilidade social. O projeto conta com o apoio de clubes de futebol, universidades e governos municipais e estaduais. [...]
No encontro, os convidados discutiram o papel do desporto escolar, as possibilidades de abordagem do futebol nas instituições, a relevância da participação das famílias nas atividades escolares, a educação como base na formação de crianças e adolescentes e os programas esportivos desenvolvidos pelo Governo Federal. [...]
Podemos afirmar que as duas reportagens
7. Leia os textos a seguir.
Texto 1: Especialistas apontam que produtos e sistemas digitais são frequentemente desenvolvidos sem levar em consideração as especificidades do público idoso e defendem a criação de soluções mais acessíveis
Após uma viagem aos Estados Unidos, em meados do ano de 2009, a guia de turismo aposentada Stella Harris ouviu pela primeira vez a palavra “e-mail” de um cliente. A partir disso, buscando adaptar seu trabalho às mudanças na sociedade contemporânea, se deu seu primeiro contato com a internet. A terminologia desconhecida lhe gerou curiosidade e, com o passar do tempo, tantas outras relacionadas ao universo digital tornaram-se cada vez mais frequentes.
Atualmente, com 76 anos, Stella pôde observar a chegada da internet, o aumento do uso de computadores, a transição para o smartphone, assim como a adesão às redes sociais. Sua participação efetiva em cada uma dessas fases, entretanto, não se deu de forma intuitiva ou natural. Classificada como uma imigrante digital, uma vez que nasceu antes da evolução tecnológica, ela precisou se adaptar às transformações. "Sempre é um desafio, porque nós pensamos ‘já sei tudo', mas quando vemos, as coisas já mudaram", afirma.
Os idosos de hoje podem enfrentar dificuldades significativas ao lidar com as tecnologias de comunicação e informação, já que muitos deles não tiveram contato com esses dispositivos em outras fases da vida. A questão pode se tornar mais desafiadora diante da velocidade das modificações, a qual cria a necessidade de uma atualização constante e de desenvolvimento de novas habilidades, que podem ir se diferenciando conforme as mudanças. [...]
Texto 2: Bibliotecas comunitárias oferecem oficinas para ensinar pessoas da terceira idade a ler e escrever e oportunizam aprendizado para a população em maior índice de analfabetismo
Ireni Maria do Carmo e Maria do Carmo de Brito são participantes das oficinas de alfabetização para idosos organizadas pela Biblioteca Comunitária Raio de Luz, no bairro Santana, em Porto Alegre. As duas senhoras, uma com 78 e outra com 82 anos, frequentam as oficinas desde o início, em agosto de 2023, e não faltaram nenhuma aula. No dia 28 de setembro, chegaram juntas à oficina, trazendo seus cadernos, folhas de tema de casa e lápis. Estavam prontas para a aula de matemática que teriam pela primeira vez desde que saíram da escola e para a de português que aconteceria em seguida.
Pessoas como Ireni e Maria, que estudaram até a quinta série (atual sexto ano), estariam dentro da modalidade de ensino EJA (Educação de Jovens e Adultos), porém nunca conseguiram chegar a essas aulas. Ambas relatam que quando crianças eram cheias de afazeres; depois, o tempo passou e não puderam dar continuidade aos estudos.
O assunto comum nas duas reportagens é
8. Leia o texto a seguir.
Ansiedade infantil: grupo da USP aposta em comunicação feita para crianças
Além de atender pacientes que apresentam transtornos ansiosos, profissionais do ambulatório especializado do Instituto de Psiquiatria do HC transformaram as redes sociais em espaço de orientação
Uma festa, uma simples caminhada, o primeiro dia de aula. Situações que tinham tudo para ser divertidas ou tranquilas tornam-se verdadeiros dramas quando a criança sente medo ou expectativas além do que pode suportar. No geral, as situações parecem maiores do que realmente são e esta conclusão pode levar o adulto responsável a minimizar os sentimentos da criança ou do adolescente. Mas afinal, como medir a ansiedade? [...]
O assunto tem preocupado pais, responsáveis e professores, sobretudo com o retorno às aulas presenciais após um longo período de ensino remoto em virtude da pandemia. [...]
"Estão mais graves. Eu acho que reflete a questão da pandemia, porque os casos de ansiedade têm uma influência ambiental muito grande. A alteração da vivência cotidiana pode mudar muito a vida de uma criança, já que a preocupação excessiva - até com a contaminação - é um prato cheio para a vivência ansiosa", afirma o médico psiquiatra Fernando Asbahr. [...]
O trecho que revela uma opinião é
9. Leia o texto a seguir.
Alimentação inadequada pode afetar o desenvolvimento infantil
De acordo com Maria Elizabeth, uma alimentação não adequada pode causar anemia, emagrecimento ou obesidade e até problemas psicológicos e motores em crianças de até 10 anos de idade.
Crianças com até 10 anos de idade foram alvo de uma pesquisa realizada em diferentes regiões do País. O estudo revelou que seis em cada dez delas demonstram dificuldades alimentares, que vão desde o baixo consumo de produtos in natura até a resistência em experimentar novos alimentos. A preocupação é a de como isso pode afetar o desenvolvimento infantil, como informa a professora Maria Elizabeth Machado (Faculdade de Saúde Pública da USP), para quem o equilíbrio nutricional colabora com a saúde global da criança, é muito importante nessa fase da vida e só pode ser proporcionado pela alimentação adequada. A má alimentação pode causar anemia, emagrecimento ou obesidade, cansaço a longo prazo e até mesmo distúrbios psicológicos e motores. Daí a importância de um acompanhamento médico, sublinha a professora, que aconselha que não se dê atenção apenas ao peso e à estatura da criança, mas também a fatores como prática de atividade física e participação escolar.
“A nutricionista pode ajudar com orientação sobre quais alimentos escolher, o preparo adequado a cada idade, sempre dentro do contexto doméstico e atendendo às características de crença, origem e costumes da família." Nesse aspecto, os pais exercem papel fundamental na garantia de uma alimentação saudável, que deve ser diferente da dos adultos no tocante a particularidades como textura, cores, frequência, volume, com o acréscimo, no decorrer da idade, de diferentes condimentos. Maria Elizabeth observa que a criança é o espelho dos responsáveis que participam de seu horário às refeições e que estes, portanto, têm importância na formação de bons hábitos alimentares. "Para incentivar a boa alimentação, deve-se tornar esse horário o mais agradável possível, até mesmo fazendo a criança participar do preparo das refeições." [...]
A afirmação da reportagem que apresenta um fato é
10. Leia o texto a seguir.
Carnaval | Independentes ou ligadas a escolas de samba, iniciativas perpetuam a cultura carnavalesca e oferecem oportunidades a crianças e adolescentes
Os primeiros passos de Júlia Barbosa na infância se confundem com os primeiros passos de samba no pé. É possível dizer que a menina, atualmente com 12 anos, carrega consigo a ancestralidade do Carnaval no sangue. Ela lembra que, ainda criança, quando tinha aproximadamente 4 anos, convivia com a tradição carnavalesca perpetuada na família e na comunidade em que até hoje mora, o Areal da Baronesa. A região é um antigo reduto negro de Porto Alegre, classificada como um quilombo urbano e conhecida tradicionalmente como berço do Carnaval da capital gaúcha.
Por lá, de 1994 a 2003, a chamada Academia do Samba Integração do Areal da Baronesa competiu no Carnaval de Porto Alegre. Entretanto, com a passagem dos festejos para o Complexo Cultural do Porto Seco, na Zona Norte da cidade, a então escola de samba decidiu permanecer em seu território e não acompanhar os desfiles. A partir disso, buscando se reinventar, o grupo tornou-se um bloco e tentou uma abordagem diferenciada: criar uma bateria e demais elementos de uma escola formada apenas por crianças e adolescentes.
"Continuamos só com as crianças com a intenção de não deixar morrer essa história do Carnaval aqui na comunidade”, explica Paulo Cézar Silveira, o Paulinho, que, com os amigos Cleusa Astigarraga, a Tia Cleusa, e Daniel Rolveu, criaram o bloco Areal do Futuro. Desde então, o projeto passou a oferecer aulas gratuitas de percussão, sopro, mestre-sala, porta-bandeira, porta-estandarte e samba no pé para os jovens da região e a realizar saídas e apresentações por Porto Alegre. “Nós vemos a evolução da criança que está chegando e depois como ela se desenvolveu. Para eles, se apresentar, sair fardado, ir em vários lugares, não tem preço. São uns artistas”, comenta Paulinho. [...]
O trecho que apresenta uma opinião é
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