1. A borboleta

Trazendo uma borboleta,
Volta Alfredo para casa.
Como é linda! é toda preta,
Com listas douradas na asa.

Tonta, nas mãos de criança,
Batendo as asas, num susto,
Quer fugir, porfia, cansa,
E treme, e respira a custo.

Contente, o menino grita:
“É a primeira que apanho,
Mamãe! vê como é bonita!
Que cores e que tamanho!

Como voava no mato!
Vou sem demora pregá-la
Por baixo do meu retrato,
Numa parede da sala."
[...]

No terceiro verso “Como é linda! é toda preta," o ponto de exclamação sugere que o sentimento do menino é de

2. O patinho feio

[...] E seguravam o patinho, apertavam-no, esfregavam-no. Os meninos não tinham más intenções; mas o patinho, acostumado a ser maltratado, atormentado e ofendido, se assustou e tentou fugir. Fuga atrapalhada!

Caiu de cabeça num balde cheio de leite e, esperneando para sair, derrubou tudo. A mulher do camponês começou a gritar, e o pobre patinho se assustou ainda mais.

Acabou se enfiando no balde da manteiga, engordurando-se até os olhos e, finalmente, se enfiou num saco de farinha, levantando uma poeira sem fim.

A cozinha parecia um campo de batalha. Fora de si, a mulher do camponês pegara a vassoura e procurava golpear o patinho. As crianças corriam atrás do coitadinho, divertindo-se muito.

Meio cego pela farinha, molhado de leite e engordurado de manteiga, esbarrando aqui e ali, o pobrezinho por sorte conseguiu afinal encontrar a porta e fugir, escapando da curiosidade das crianças e da fúria da mulher. [...]

No primeiro parágrafo, a expressão “Fuga atrapalhada!” indica que

3. O patinho feio

[...] E seguravam o patinho, apertavam-no, esfregavam-no. Os meninos não tinham más intenções; mas o patinho, acostumado a ser maltratado, atormentado e ofendido, se assustou e tentou fugir. Fuga atrapalhada!

Caiu de cabeça num balde cheio de leite e, esperneando para sair, derrubou tudo. A mulher do camponês começou a gritar, e o pobre patinho se assustou ainda mais.

Acabou se enfiando no balde da manteiga, engordurando-se até os olhos e, finalmente, se enfiou num saco de farinha, levantando uma poeira sem fim.

A cozinha parecia um campo de batalha. Fora de si, a mulher do camponês pegara a vassoura e procurava golpear o patinho. As crianças corriam atrás do coitadinho, divertindo-se muito.

Meio cego pela farinha, molhado de leite e engordurado de manteiga, esbarrando aqui e ali, o pobrezinho por sorte conseguiu afinal encontrar a porta e fugir, escapando da curiosidade das crianças e da fúria da mulher. [...]

No quarto parágrafo do trecho, a expressão "campo de batalha” é utilizada para sugerir que:

4. O vento e o sol

O vento e o sol estavam disputando qual dos dois era o mais forte. De repente, viram um viajante que vinha caminhando.

— Sei como decidir nosso caso. Aquele que conseguir fazer o viajante tirar o casaco será o mais forte. Você começa – propôs o sol, retirando-se para trás de uma nuvem.

O vento começou a soprar com toda força. Quanto mais soprava, mais o homem ajustava o casaco ao corpo.

Desconsolado, o vento se retirou. O sol saiu de seu esconderijo e brilhou com todo seu esplendor sobre o homem, que logo sentiu calor e despiu o paletó.

No segundo parágrafo, no trecho “— Sei como decidir nosso caso.", o ponto-final indica

5. A boneca

Deixando a bola e a peteca
Com que inda há pouco brincavam,
Por causa de uma boneca,
Duas meninas brigavam.

Dizia a primeira: “É minha!”
– “É minha!” a outra gritava;
E nenhuma se continha,
Nem a boneca largava.

Quem mais sofria (coitada!)
Era a boneca. Já tinha
Toda a roupa estraçalhada,
E amarrotada a carinha.

Tanto puxaram por ela,
Que a pobre rasgou-se ao meio,
Perdendo a estopa amarela
Que lhe formava o recheio.

E, ao fim de tanta fadiga,
Voltando à bola e à peteca,
Ambas, por causa da briga,
Ficaram sem a boneca...

No primeiro verso da segunda estrofe, a expressão “É minha!” está entre aspas porque indica

6. Chapeuzinho vermelho

[...] Olhando para aquela linda menina, o lobo pensou que ela devia ser macia e saborosa. Queria mesmo devorá-la num bocado só. Mas não teve coragem, temendo os cortadores de lenha que poderiam ouvir os gritos da vítima. Por isso, decidiu usar de astúcia.

— Bom dia, linda menina – disse com voz doce.
— Bom dia – respondeu Chapeuzinho Vermelho.
— Qual é seu nome?
— Chapeuzinho Vermelho.
— Um nome bem certinho para você. Mas diga-me, Chapeuzinho Vermelho, onde está indo assim tão só?
— Vou visitar minha avó, que não está muito bem de saúde.
— Muito bem! E onde mora sua avó?
— Mais além, no interior da mata.
— Explique melhor, Chapeuzinho Vermelho.
— Numa casinha com as venezianas verdes, logo após o velho engenho de açúcar.

O lobo teve uma ideia e propôs:
— Gostaria de ir também visitar sua avó doente. Vamos fazer uma aposta, para ver quem chega primeiro. Eu irei por aquele atalho lá abaixo, e você poderá seguir por este.
Chapeuzinho Vermelho aceitou a proposta.

— Um, dois, três, e já! – gritou o lobo. Conhecendo a floresta tão bem quanto seu nariz, o lobo escolhera para ele o trajeto mais breve, e não demorou muito para alcançar a casinha da vovó. [...]

No último parágrafo, no trecho “— Um, dois, três, e já!", a vírgula é utilizada para

7. O rato do mato e o rato da cidade

Um ratinho da cidade foi uma vez convidado para ir à casa de um rato do campo. Vendo que seu companheiro vivia pobremente de raízes e ervas, o rato da cidade convidou-o a ir morar com ele:
— Tenho muita pena da pobreza em que você vive — disse. — Venha morar comigo na cidade e você verá como lá a vida é mais fácil.

Lá se foram os dois para a cidade, onde se acomodaram numa casa rica e bonita.

Foram logo à despensa e estavam muito bem, se empanturrando de comidas fartas e gostosas, quando entrou uma pessoa com dois gatos, que pareceram enormes ao ratinho do campo.

Os dois ratos correram espavoridos para se esconder.

— Eu vou para o meu campo — disse o rato do campo quando o perigo passou. — Prefiro minhas raízes e ervas na calma, às suas comidas gostosas com todo esse susto.

Mais vale magro no mato que gordo na boca do gato.

No sexto parágrafo, o trecho “— disse o rato do campo quando o perigo passou. — " aparece entre travessões porque

8. O lobo e o cordeiro

Um lobo estava bebendo água num riacho. Um cordeirinho chegou e também começou a beber, um pouco mais para baixo.

O lobo arreganhou os dentes e disse ao cordeiro:
— Como é que você tem a ousadia de vir sujar a água que estou bebendo?
— Como sujar? – respondeu o cordeiro. – A água corre daí para cá, logo eu não posso estar sujando a água.
— Não me responda! — tornou o lobo furioso. — Há seis meses seu pai me fez a mesma coisa!
— Há seis meses eu nem tinha nascido, como é que eu posso ter culpa disso? – respondeu o cordeiro.
— Mas você estragou todo o meu pasto – replicou o lobo.
— Como é que posso ter estragado seu pasto, se nem dentes eu tenho?

O lobo, não tendo mais como culpar o cordeiro, não disse mais nada: pulou sobre ele e o devorou.

No trecho “— Como é que você tem a ousadia de vir sujar a água que estou bebendo?", o ponto de interrogação foi utilizado para indicar

9. O lobo e o cordeiro

Um lobo estava bebendo água num riacho. Um cordeirinho chegou e também começou a beber, um pouco mais para baixo.

O lobo arreganhou os dentes e disse ao cordeiro:
— Como é que você tem a ousadia de vir sujar a água que estou bebendo?
— Como sujar? – respondeu o cordeiro. – A água corre daí para cá, logo eu não posso estar sujando a água.
— Não me responda! — tornou o lobo furioso. — Há seis meses seu pai me fez a mesma coisa!
— Há seis meses eu nem tinha nascido, como é que eu posso ter culpa disso? – respondeu o cordeiro.
— Mas você estragou todo o meu pasto – replicou o lobo.
— Como é que posso ter estragado seu pasto, se nem dentes eu tenho?

O lobo, não tendo mais como culpar o cordeiro, não disse mais nada: pulou sobre ele e o devorou.

O assunto de que trata o texto é

10. O macaco e o coelho

Um macaco e um coelho fizeram a combinação de um matar as borboletas e outro matar as cobras. Logo depois o coelho dormiu. O macaco veio e puxou-lhe as orelhas.

— O que é isso? — gritou o coelho, acordando num pulo.
O macaco deu uma risada.
— Ah, ah! Pensei que fossem duas borboletas...
O coelho danou com a brincadeira e disse lá consigo: "Espere que te curo.".

Logo depois o macaco se sentou numa pedra para comer uma banana. O coelho veio por trás, com um pau e lept! — pregou-lhe uma grande paulada no rabo.

O macaco deu um berro, pulando para cima duma árvore, a gemer.
— Desculpe, amigo — disse lá embaixo o coelho — vi aquele rabo torcidinho em cima da pedra e pensei que fosse cobra.

Foi desde aí que o coelho, de medo do macaco vingar-se, passou a morar em buracos.

No quarto parágrafo, no trecho: “- Ah, ah! Pensei que fossem duas borboletas...", o uso das reticências, ao final da fala, sugere que o macaco