Leia os textos a seguir para responder aos itens 1 e 2.

Texto 1

Aprovado o maior projeto de produção de hidrogênio verde em larga escala do país

O Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE) aprovou projeto a ser instalado na ZPE de Pecém (CE); também foi autorizada instalação de fábrica de combustível sustentável de aviação (SAF) no Maranhão e outros projetos industriais e lista de serviços para exportação.

O Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE) aprovou, nessa quarta-feira (9), quatro novos projetos industriais em ZPE. Entre eles está o maior projeto de produção de hidrogênio verde em larga escala do Brasil, a ser instalado na ZPE de Pecém, no Ceará. [...] Estratégica para a transição energética, a iniciativa faz parte do plano de criação de hub de produção de hidrogênio verde no Ceará. O projeto prevê R$ 17,5 bilhões em investimento, com capacidade de produção de 1,2 gigawatts (GW), por ano. [...]

"O Brasil tem todas as condições para ser o grande protagonista da transformação ecológica que o mundo inteiro busca. E este projeto [...] é um grande passo nessa direção”, afirma o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. [...] A previsão é que o projeto gere mais de 9 mil postos de trabalho diretos e indiretos. O início das operações está previsto para agosto de 2028. O chamado hidrogênio verde é caracterizado não só pela baixa emissão de carbono como por ser produzido a partir de fontes renováveis, como eólicas e solar. A produção será intensiva no consumo de energia limpa, proveniente de fontes renováveis, cuja oferta é abundante no estado do Ceará.

A aprovação do projeto pelo CZPE tem como contrapartida um investimento mínimo em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) e utilização de bens e serviços de origem nacional [...]. Os percentuais para investimento mínimo em PD&I e de conteúdo local serão definidos durante a regulamentação do Rehidro.
[...]

*HUB = centro de operações que conecta várias atividades ou infraestruturas, facilitando a coordenação, distribuição e otimização de recursos em um setor ou região específica.

Texto 2

Tecnologia e impactos da energia limpa H2V

"Descarbonizar o planeta” é a grande meta que países ao redor do mundo estabeleceram até 2050. O impulso para mitigar as mudanças climáticas têm conduzido a esforços substanciais na busca por um futuro energético mais sustentável, sendo assim o hidrogênio uma alternativa promissora aos combustíveis fósseis. Sua versatilidade e capacidade de armazenar e liberar energia de forma limpa, com a possibilidade de produzir água como único subproduto, o tornam essencial na transição para um sistema energético de baixo carbono. [...]

O H2V é produzido com a utilização de fontes renováveis, como solar e eólica. Duas técnicas principais são empregadas para a produção de H2V: eletrólise e fotocatálise. [...] Por outro lado, a fotocatálise permite a produção de H2V com a utilização da luz solar como fonte de energia. [...]

Em um contexto geral, a utilização de energias renováveis, como o H2V, promete atender às crescentes necessidades energéticas em um mundo com um enorme crescimento populacional, evitando o esgotamento de nossos recursos naturais e a degradação do ambiente. Mas, embora tenham experimentado um notável crescimento nos últimos anos, essas tecnologias ainda enfrentam desafios, como baixa eficiência, custos elevados.
[...]

1. Comparando os textos, a principal divergência entre eles sobre é

2. Além das questões tecnológicas, uma diferença importante entre os textos está na

Leia os textos a seguir para responder aos itens 3 e 4.

Texto 1

Queimadas no Cerrado representam uma elevação na emissão de gases do efeito estufa

Girley Cunha diz que em um ano mais seco, como o que estamos vivendo, a vegetação torna-se mais suscetível a incêndios fora de controle.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - Inpe mostram um crescimento de 80% no número de queimadas no Brasil. [...] Foram detectados 112 mil focos de incêndio de janeiro a agosto de 2024, um aumento de 50 mil casos em relação ao mesmo período do ano passado. O Estado de Mato Grosso lidera, seguido por Pará, Amazonas e Mato Grosso do Sul. No Estado de São Paulo são 5.300 casos. Esta é a pior seca dos últimos 44 anos.

Girley Cunha, engenheiro e consultor florestal da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da USP, explica que as condições climáticas, agravadas pelo El Niño, tornam a vegetação mais vulnerável. Ele destaca que, embora as queimadas controladas sejam autorizadas pelo poder público, muitas vezes são realizadas sem o devido planejamento, o que leva a incêndios fora de controle. “O pessoal utiliza a queimada para limpar terreno, mas em um ano seco como este, a situação se agrava.”

O Cerrado já teve 10.647 focos de queimadas em 2024, um aumento de 31% em relação ao ano passado. O especialista alerta que o impacto ambiental das queimadas contribui significativamente para a elevação dos gases de efeito stufa, o que representa um problema para o aquecimento global. Ele também menciona que a expansão do agronegócio tem aspectos positivos para a economia, mas é extremamente negativa para o meio ambiente, devido à substituição de áreas de vegetação natural por plantações de soja.

O Brasil tem poucas áreas de Cerrado protegidas, e Cunha ressalta que a conversão de uso do solo, mais do que o fogo, é o principal problema para a biodiversidade. “A perda de habitat é um grande prejuízo para a fauna e a flora, além de tornar os animais mais vulneráveis a predadores." A fauna, se não for destruída pelo fogo, é deslocada, o que causa grandes desequilíbrios ecológicos.

Texto 2

As queimadas são um problema mais-que-humano

Os meses de agosto e setembro de 2024 ficarão registrados por fogo e fumaça na história brasileira. São as consequências das queimadas na região amazônica, que emitiram, somente em setembro, 65 milhões de toneladas de carbono na atmosfera - muito acima dos 31 milhões entre junho e agosto. Embora sejam eventos comuns em épocas de seca e calor, as investigações e prisões de suspeitos sugerem que muitos focos foram iniciados por ação humana. Pesquisas indicam que mais de 80% dos incêndios florestais no mundo são causados por ações humanas, sendo mais prejudiciais que os de origem natural.

[...] a fumaça das queimadas na Amazônia afetou rapidamente o sul e sudeste do Brasil, além de regiões da África e Argentina. Essas fumaças contêm partículas tóxicas que causam problemas pulmonares e cardiorrespiratórios.

Essas queimadas se destacam como grandes catástrofes climáticas atreladas às mudanças climáticas e ao Antropoceno, a Era do impacto humano no planeta. Para além das consequências humanas, é necessário considerar os impactos nos seres vivos e ecossistemas. As queimadas ameaçam espécies em risco de extinção e destroem biomas que podem demorar a se recuperar. Um vídeo recente mostra araras fugindo de um incêndio em Chapada dos Guimarães, e um macaco foi reanimado após ser afetado pelo fogo em Manaus. [...]

Incêndios de grande intensidade têm efeitos duradouros, prejudicando a diversidade e deslocando espécies de seus habitats. Os ecossistemas afetados sofrerão impactos por muitas gerações.
[...]

3. Em relação aos impactos das queimadas, a principal divergência entre os textos está

4. Em relação às causas das queimadas, a principal diferença entre os textos está

Leia os textos a seguir para responder aos itens 5, 6 e 7.

Texto 1

Desafios urbanos no envelhecimento

O envelhecimento populacional brasileiro implica transformações profundas nas dinâmicas sociais, econômicas e espaciais. De acordo com o Censo de 2022, 10,9% da população tem 65 anos ou mais, e os avanços nas ciências médicas e tecnológicas aumentaram a expectativa de vida. Projeções do IBGE indicam que uma pessoa de 60 anos em 2020 pode viver mais 23 anos, o que reconfigura drasticamente a estrutura demográfica. Passaremos mais tempo na velhice do que na infância, adolescência e juventude juntas.

Essa transformação traz mudanças culturais na gestão da velhice, incluindo o papel político crescente dos idosos no futuro. Embora existam marcos legais, como o Estatuto do Idoso, discursos que enfatizam o controle dos gastos públicos e os recursos limitados para a saúde criam um ambiente propício para contrarreformas que dificultam o acesso a direitos, promovendo a imagem do idoso como um entrave econômico. [...]

A relação entre o idoso e o ambiente urbano reflete problemas como a falta de acessibilidade e a verticalização das cidades. A desordem no planejamento urbano e os apartamentos cada vez menores em altos edifícios criam um espaço segregador e dependente, afastando os idosos dos centros urbanos e tornando a locomoção difícil e perigosa. [...] Essa nova concepção urbana eliminou o senso de coletividade, fundamental para o cuidado comunitário, substituindo-o por uma sociedade marcada pela individualização, intensificada pela pandemia de covid-19.

A exclusão tecnológica se evidencia quando sistemas são projetados sem considerar a usabilidade por idosos, aumentando sua sensação de alienação. A pandemia agravou o isolamento, expondo o preconceito contra os idosos, visto como necessário para "proteger" a sociedade. O distanciamento tecnológico impediu os idosos de manter laços sociais, evidenciando falhas na integração dos mais velhos. [...]

*etarismo = preconceito, discriminação por idade.

Texto 2

O custo de envelhecer

Envelhecimento da população brasileira impacta em maiores despesas para os idosos e em mudanças estruturais no país.

O Brasil envelhece e encarece. “Eu vejo muita diferença nos gastos de hoje em relação aos de quando era mais jovem. Coisas básicas que eu não atrasava agora tenho que atrasar", relata a técnica em enfermagem aposentada Vera Maria Gomes, 69 anos. O Brasil enfrenta o aumento dos custos associados ao envelhecimento populacional. A técnica em enfermagem aposentada Vera Maria Gomes, 69 anos, relata como as despesas aumentaram, a ponto de precisar atrasar pagamentos. Dados da Fundação Getulio Vargas mostram que a inflação específica para idosos, o IPC-3i, subiu para 4,75%, tornando a vida na terceira idade mais cara. [...]

Além disso, a transição demográfica é hoje uma realidade brasileira. Em 2017, o país tinha 28 milhões de idosos, 13,5% da população, e a projeção do IBGE é que, em 2042, esse grupo representará 25% do total. O professor Giácomo Balbinotto Neto ressalta a necessidade de mudanças estruturais, como a substituição de escolas e creches por casas geriátricas. Já José Antônio Lumertz sugere que é preciso rever a definição de idoso, pois o limite de 60 anos do Estatuto do Idoso pode estar desatualizado, especialmente considerando o aumento da longevidade. Em 2018, foi criada a categoria "idoso especial” para pessoas com 80 anos ou mais, refletindo essa mudança na percepção. [...]

Os custos com saúde também são um grande desafio. A inflação médica é de 15% a 18%, muito acima da financeira geral de 6% a 8%, devido às novas formas de tratar doenças crônicas. [...] Balbinotto observa que doenças se cronificam, gerando gastos com internação, hospitalização, planos de saúde, e cuidadores, que podem consumir até 54% da renda dos idosos. Rita Abbat, 81 anos, destaca: “Eu não sei se apenas com o salário de professora conseguiria pagar tudo. Se teu médico te recomenda ginástica, fisioterapia, ou exames, tens que pagar". [...]

*cronificar = tornar-se crônico, duradouro, persistente ou de longa duração.

5. Em relação ao impacto do envelhecimento, a principal divergência entre os textos está

6. Em relação à exclusão dos idosos, a principal divergência entre os textos está

7. Em relação à concepção de envelhecimento, a principal diferença entre os textos está

Leia os textos a seguir para responder aos itens 8, 9 e 10.

Texto 1

Quem tem medo da inteligência artificial?

Muito tem-se falado ultimamente em relação ao rápido desenvolvimento da inteligência artificial generativa*, contendo diversas reflexões auspiciosas, ao mesmo tempo em que se nutre também um certo pânico moral demasiado. Compreensivo até certo ponto, mas por vezes dotado de incongruências inoportunas para a compreensão dos desafios futuros diante de uma sociedade acalentada por rápidas transformações tecnológicas.

Riscos, recomendações, regulação, transparência, explicabilidade, vieses, racismo algorítmico, direitos humanos, questões trabalhistas, direitos autorais, segurança de dados, autonomia algorítmica versus intervenção humana, entre outros aspectos, compõem um vasto arcabouço de inquietações sensíveis e sensatas [...]. Notadamente, sempre que surge um novo advento tecnológico, tais preocupações tornam-se fortemente aguçadas em uma sociedade democrática. O que é natural, quando se defende a ótica permanente do pensamento crítico e dialético. [...] Nesse tocante, a ideia de substituição de humanos por máquinas e da possível superação de máquinas em relação a humanos povoa o imaginário cultural distópico há tempos, rico em referências literárias e cinematográficas do mundo contemporâneo.

No entanto, partindo-se do pressuposto da capacidade do ser humano oportunamente enfrentar novos desafios instigantes, propondo estratégias de resiliência e reinvenção do seu cotidiano, convém se pensar na inteligência artificial generativa mais como um recurso tecnológico que pode vir a agregar maior valor ao potencial criativo humano, enquanto uma ferramenta aliada, com possibilidades inimagináveis de colaboração [...]

Para o filósofo francês Pierre Lévy, a inteligência artificial data de pelo menos dois milhões de anos, remontando às origens da escrita humana, que se torna um recurso tecnológico de registro exterior à mente humana da memória cultural. Assim sendo, todas as ferramentas tecnológicas que expandem o poder cognitivo humano seriam espécies de inteligências artificiais [...] Para Nilson Machado, inteligência artificial nada mais é do que uma alegoria e catacrese da inteligência humana, ou seja, trata-se de um termo impreciso, mas de apelo ao acesso comum com vistas a analogias com o cotidiano da vida das pessoas. [...]

Texto 2

Inteligência artificial, metaverso, pós-verdade, deepfakes e fake news

No cenário digital contemporâneo, palavras como inteligência artificial, metaverso, pós-verdade, deepfakes e fake news não são apenas termos técnicos, mas ideias que moldam nosso mundo cotidiano. A inteligência artificial (IA), por exemplo, começou como uma ideia futurista, mas agora está presente em nossos smartphones, ajudando-nos a tirar fotos melhores e a encontrar rotas mais rápidas. [...]

Essas inovações, entretanto, não vêm sem desafios. Notícias falsas, vídeos manipulados e informações enganosas inundam nossas redes sociais, afetando como percebemos o mundo. [...] A batalha pela verdade não é apenas uma luta intelectual, mas uma arena na qual nossas percepções da realidade são moldadas e, por vezes, distorcidas.

No epicentro dessa revolução digital estão os deepfakes, produtos da inteligência artificial que criam vídeos hiper-realistas. [...] Enquanto isso, as fake news, que afetam 86% das pessoas globalmente, minam a confiança nas instituições e na mídia tradicional, criando uma crise de credibilidade de proporções significativas.

No Brasil, esses desafios ganham contornos nacionais. A inteligência artificial está sendo aplicada à agricultura para otimizar colheitas e à saúde para fazer diagnósticos mais precisos. Questões éticas sobre o uso dessas tecnologias, contudo, são urgentes [...]

8. Nos textos, a ideia comum sobre o papel da inteligência artificial no cotidiano está em

9. A principal divergência entre os textos em relação às questões éticas sobre o uso da inteligência artificial está

10. Nos textos, a principal divergência em relação ao papel da inteligência artificial na vida social e cultural está em