Decidi compartilhar minha experiência de uso com a scooter elétrica Tui, modelo 2024. Tenho usado ela no dia a dia, e posso dizer: tem sido uma virada de chave para minha rotina e meu bolso. Se você está pensando em entrar na onda dos veículos elétricos urbanos, confira os prós e contras que encontrei.


​Ficha Técnica e Regulamentação

​A minha Tui 2024 alcança uma velocidade máxima de 32 km/h e possui uma bateria que me dá uma autonomia de até 60 km. Para quem precisa de um veículo para ir e voltar do trabalho ou para passeios curtos nos fins de semana, ela atende muito bem.

​Um ponto importante sobre a legislação: ela tem apenas mil watts de potência, o que, de acordo com a Resolução nº 996 do Contran de 2023, a isenta da exigência de Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

​Em relação à circulação, a regra é clara: o lugar dela é na direita da via. Se houver ciclovia, também posso usá-la. O capacete "coquinho" é um equipamento de segurança recomendado, mas não é obrigatório. Contudo, fique atento: ela não pode circular em rodovias ou vias de trânsito rápido, afinal, é um veículo feito para a cidade.

​A Tui que tenho só transporta uma pessoa, mas vale a pena pesquisar, pois há modelos no mercado com capacidade para dois, o que é ótimo para levar um adulto e uma criança.


​Economia que Compensa

​O valor de compra da scooter, que hoje gira em torno de R$ 8.500, pode parecer alto, mas o custo-benefício no uso diário é surpreendente.

​Veja meu caso: uso a scooter 4 vezes por dia para ir e voltar do trabalho, percorrendo cerca de 5 km por trajeto. Em um ano, a economia que tive, comparando com o custo de um carro de aplicativo, foi de R$ 7.000! Meu tempo de deslocamento até diminuiu, ficando entre 12 e 17 minutos, dependendo do trânsito.

​O gasto com energia elétrica é mínimo: uma carga completa por dia é mais do que suficiente para meus deslocamentos diários, e a diferença na conta de luz não passou de R$ 50 mensais.

​Se seu objetivo é apenas passear, a economia anual ainda fica entre R$ 2.000 e R$ 3.000. É um veículo totalmente elétrico e muito econômico.

​(Importante: esses cálculos de economia não consideram os períodos de chuva, nos quais acabei optando por outro meio de transporte.)

​Pontos Fortes e Fracos da Tui

​Como todo veículo, a Tui tem seus destaques e limitações, e é importante ser realista ao considerar a compra.

​Positivos:

  • ​Econômica e Prática: É um veículo pequeno, muito econômico e com uma velocidade adequada para vias locais da cidade. Para o dia a dia, a economia é ainda mais significativa.
  • ​Potência: Ela tem uma ótima potência de arranque, o que facilita na saída em semáforos ou subidas leves.
  • ​Versatilidade de Terreno: Apesar de simples, ela roda muito bem! Usei em ruas de asfalto, calçamento, chão e até um pouco no barro.

​Negativos:

  • ​Velocidade: Não ultrapassar os 30 km/h pode ser uma limitação em vias onde o fluxo é mais rápido.
  • ​Segurança no Trânsito: Por ser pequena, ela exige do condutor uma atenção redobrada na condução e para garantir que seja notada pelos demais veículos.
  • ​Conforto: O conforto não é o forte. Ela não tem amortecedores para absorver o impacto dos buracos nas vias.
  • ​Uso na Chuva e Distância: Não é recomendada para dias de chuva devido aos componentes elétricos, o que exige um plano B no inverno. Além disso, a autonomia limita a percorrer grandes distâncias.

​Manutenção e Cuidados Importantes

​A manutenção é relativamente simples, mas alguns pontos merecem atenção especial, principalmente por se tratar de um modelo exclusivo.

  • ​Pneus: São de raio 8 e rodam com 22 libras de calibragem. Um pneu novo custa entre R$ 300 e R$ 600. Com o devido cuidado, eles podem durar tranquilamente um ano e meio a dois anos. No meu primeiro ano, tive que trocar um pneu avariado.
  • ​Limpeza: Nunca molhe a scooter por causa dos componentes elétricos. A limpeza deve ser feita com um pano úmido – e acredite, no uso diário, você fará isso muitas vezes.
  • ​Bateria: A vida útil é de 1.500 ciclos. Isso significa que a troca será necessária a cada 2 ou 3 anos, e o valor é alto: cerca de R$ 3.000.
  • ​Fusível: Para quem usa diariamente, o fusível de 40A é um ponto de atenção. Se for muito exigido, ele pode derreter, queimar e desgastar. Antes de completar 1 ano, tive que trocar o fusível e o porta-fusível, um gasto de cerca de R$ 50.
  • ​Outros: Meus gastos totais com manutenção no primeiro ano foram de R$ 700. Houve também um pequeno desgaste na solda do compartimento que segura a bateria, expondo componentes. O reparo, feito com acessórios não originais de fábrica, custou apenas R$ 7.

​Conclusão

​No geral, a scooter Tui é um ótimo veículo. Ela é econômica e atende perfeitamente às minhas necessidades para o dia a dia, apesar de exigir mais atenção na manutenção de alguns componentes e não ser ideal para períodos chuvosos ou viagens longas. A economia que ela proporciona é real e, para mim, vale muito a pena.


Obs.: os valores foram os que eu gastei na minha experiência pessoal. E a foto, a IA tirou um espelho, mas ela tem os dois kkk