1. Leia o poema a seguir: O Bicho Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem. (Manuel Bandeira) Considerando a progressão das estrofes, qual é o principal efeito de sentido gerado pela revelação do último verso?

2. Analise a letra da música a seguir: Gente (...) O povo sabe que tem a paz Mas não tem a saúde Sabe que tem a fé Mas não tem a virtude Sabe que tem a comida Mas não tem a fome Sabe que tem a casa Mas não tem a rua Sabe que tem a coragem Mas não tem a farda Sabe que tem a palavra Mas não tem a voz (...) (Caetano Veloso) Nessa estrofe, a estratégia de oposição entre termos ('paz' e 'saúde', 'comida' e 'fome', 'palavra' e 'voz') serve para:

3. Leia o trecho de um artigo de opinião sobre o uso de celular em sala de aula: O dilema da tecnologia na educação O celular tem sido demonizado por muitos educadores, que o veem como a principal causa da desatenção e da queda no desempenho dos alunos. Contudo, essa visão é simplista. O problema não reside no aparelho em si, mas na falta de estratégias pedagógicas que integrem a tecnologia de forma produtiva. Proibir é fácil; o desafio é educar para o uso consciente. Em vez de uma distração, o smartphone pode ser uma poderosa ferramenta de pesquisa, criação e colaboração, desde que o professor esteja preparado para guiar esse processo. Qual é a tese principal defendida pelo autor nesse texto?

4. Analise a imagem a seguir, que mostra um infográfico sobre o descarte de lixo eletrônico. (Imagine um infográfico aqui, com dados sobre produção e reciclagem de lixo eletrônico no mundo) Com base nas informações do infográfico, é possível inferir que o Brasil, em comparação com os outros países destacados, está:

5. Leia o trecho de um artigo de opinião sobre a importância das artes na educação: Arte e (re)existência na escola Em um mundo cada vez mais pautado por avaliações padronizadas e um currículo que privilegia a matemática e a língua portuguesa, as disciplinas de arte e de educação física são frequentemente relegadas a um segundo plano. O que muitos ignoram é que a arte não é um mero 'passatempo' ou um 'complemento'. Ela é a linguagem da sensibilidade, da criatividade e do pensamento crítico. É através da arte que os estudantes aprendem a questionar o 'status quo', a expressar suas emoções e a construir identidades, fortalecendo sua capacidade de (re)existir em um ambiente de constantes transformações. Portanto, negligenciar a arte é empobrecer o processo educacional e limitar a formação humana. Ao usar a expressão 'status quo', o autor pretende se referir a:

6. Leia o trecho da letra da música 'O Mundo é um Moinho', de Cartola: 'Ainda é tempo de tempo Desarmar o tempo O tempo, o tempo, o tempo De ser o que somos De ir além do tempo' Qual é a figura de linguagem central presente na repetição e na oposição do termo 'tempo'?

7. Analise o infográfico a seguir, que mostra o consumo de água no Brasil: (Imagine um gráfico de pizza ou barras mostrando a distribuição do consumo de água por setor no Brasil: agricultura, indústria, doméstico) Analisando o infográfico, é possível concluir que a maior parte da água consumida no Brasil é utilizada para:

8. Leia o trecho de um artigo de opinião sobre redes sociais e a saúde mental: A tela e a mente: o preço da conexão constante As redes sociais, com seu fluxo incessante de informações e a 'vitrine' de vidas perfeitas, têm sido apontadas como um fator de risco para a saúde mental. A comparação constante com o outro e a busca por aprovação via 'curtidas' e 'compartilhamentos' podem levar à ansiedade, à depressão e a uma percepção distorcida da realidade. O paradoxo é que, ao mesmo tempo que prometem conectar, as redes sociais podem, na verdade, isolar e alienar, criando um abismo entre o eu real e a persona digital. É preciso questionar se o que se ganha em 'conectividade' compensa o que se perde em 'bem-estar'. Qual é o paradoxo apontado pelo autor em relação ao uso das redes sociais?

9. Leia o trecho de um artigo de opinião sobre o consumo excessivo: O mal-estar do consumo Nunca tivemos tanto e, paradoxalmente, nunca nos sentimos tão incompletos. A sociedade de consumo nos promete a felicidade na aquisição de bens, mas o que ela entrega é um ciclo interminável de desejo e insatisfação. O 'novo' se torna 'velho' em questão de dias, e somos impelidos a comprar mais, a buscar a próxima novidade que, ilusoriamente, preencherá nosso vazio. Essa 'ditadura do ter' gera mais que dívidas; gera um profundo mal-estar existencial. A pergunta que deveria ecoar em nossa mente não é 'o que posso comprar?', mas sim 'de que eu realmente preciso?'. No trecho, o autor utiliza a expressão 'ditadura do ter' para criticar:

10. Leia o poema 'Quadrilha', de Carlos Drummond de Andrade: João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo para a cadeia, Maria para a China, Joaquim para o manicômio e Lili para a Suíça. Com base na estrutura do poema, a sequência de ações e destinos dos personagens sugere a ideia de:

11. Analise o gráfico a seguir, que mostra o aumento da produção de plástico no mundo entre 1950 e 2015. (Imagine um gráfico de linha mostrando o crescimento exponencial da produção de plástico no mundo ao longo das décadas) Com base nas informações do gráfico, é correto afirmar que:

12. Leia o trecho de um artigo de opinião sobre a cultura do cancelamento: O tribunal das redes sociais As redes sociais criaram uma nova forma de justiça sumária, a 'cultura do cancelamento'. Indivíduos são julgados por suas ações, passadas ou presentes, em uma velocidade vertiginosa, sem direito a defesa e com uma condenação pública quase instantânea. É um linchamento virtual, onde o objetivo não é o debate ou a reparação, mas a aniquilação moral do outro. O espaço para o erro, para a evolução e para o diálogo foi reduzido a cinzas. O que vemos é a espetacularização da punição, um 'justiçamento' que não constrói, mas destrói. O autor compara a cultura do cancelamento a um 'linchamento virtual' para:

13. Leia o infográfico sobre a obesidade infantil no Brasil. (Imagine um gráfico de barras mostrando o aumento do percentual de crianças com sobrepeso e obesidade por faixa etária e sexo no Brasil, entre 2008 e 2013) Com base nos dados do infográfico, qual é a principal conclusão que se pode extrair sobre a evolução da obesidade infantil no Brasil?

14. Leia o poema 'Viagem', de Cecília Meireles: 'Sou um viajante. Não tenho casa. Só a estrada me embala. O vento bate, a chuva cai, Eu não me canso, eu não me espalho. Não tenho lar. Apenas o caminho é meu. Onde o horizonte se deita, a lua me ilumina. O sol me abriga, o frio me aquece. Não tenho teto. Apenas o céu me cobre.' No contexto do poema, o uso da palavra 'viajante' não se refere a uma jornada física, mas sim a uma jornada existencial. Qual é o principal objetivo da repetição da negação ('não tenho casa', 'não tenho lar', 'não tenho teto')?

15. Leia o infográfico sobre a pegada hídrica de alimentos e produtos. (Imagine um gráfico de barras mostrando a quantidade de água (em litros) necessária para produzir diferentes itens: café, cerveja, bife, sapato de couro) Com base no infográfico, qual dos seguintes produtos possui a maior pegada hídrica, exigindo a maior quantidade de água em sua produção?

16. Leia o trecho de um artigo de opinião sobre o trabalho voluntário: O egoísmo da doação É comum ouvirmos que o trabalho voluntário é um ato de pura bondade. E, de fato, é. No entanto, o que muitos não percebem é o benefício que o voluntário também recebe. Ajudar o próximo, ver o impacto de suas ações, sentir-se parte de algo maior que si mesmo - tudo isso preenche um vazio, oferece um propósito e, muitas vezes, é a razão pela qual nos engajamos. O voluntariado é, portanto, um ato de amor-próprio disfarçado de altruísmo, uma 'troca' sutil, onde o 'doador' e o 'recebedor' se beneficiam mutuamente. E não há nada de errado nisso. Pelo contrário. Ao afirmar que o voluntariado é um 'egoísmo da doação', o autor utiliza a figura de linguagem do paradoxo. O principal objetivo dessa estratégia é:

17. Analise a letra da música 'O Amanhã', de João de Barro: 'O amanhã está em minhas mãos E eu não posso perder de vista Que o futuro é um presente E o presente é um caminho' Qual é a figura de linguagem presente na expressão 'o futuro é um presente'?

18. Leia o trecho de um artigo de opinião sobre a importância do esporte na escola: O corpo em movimento, a mente em crescimento Nas aulas de educação física, as crianças e os jovens não aprendem apenas a chutar uma bola ou a correr. Eles aprendem sobre trabalho em equipe, sobre como lidar com a derrota e com a vitória, sobre respeito às regras e aos adversários. A quadra se torna um laboratório de vida, onde se forjam não apenas atletas, mas cidadãos. O esporte na escola é uma ferramenta poderosa de inclusão, de disciplina e de desenvolvimento de habilidades socioemocionais, tão importantes quanto as competências cognitivas. Negligenciar o esporte é negligenciar a formação integral. Qual é a principal função do esporte na escola, segundo o texto?

19. Leia o poema 'No meio do caminho', de Carlos Drummond de Andrade: No meio do caminho tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho Tinha uma pedra No meio do caminho tinha uma pedra. Nunca me esquecerei desse acontecimento Na vida de minhas retinas tão fatigadas. Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho. O principal efeito de sentido gerado pela repetição da frase 'tinha uma pedra no meio do caminho' é:

20. Leia o infográfico sobre o uso de redes sociais por faixa etária no Brasil. (Imagine um gráfico de barras mostrando o percentual de usuários de redes sociais por faixa etária no Brasil) Considerando os dados apresentados no infográfico, qual é a principal tendência de uso das redes sociais no Brasil?

21. Leia o trecho do artigo de opinião sobre a preservação da memória e do patrimônio histórico: O voz que incomoda Em tempos de 'fake news' e de informações superficiais, o jornalismo investigativo se torna a 'pedra no sapato' do poder. Ele não se contenta com o óbvio, não aceita versões prontas. Ele cava, perscruta, questiona. É a voz que incomoda, que desvela o que está oculto e que expõe a verdade, mesmo que ela seja dolorosa. O bom jornalista, portanto, não é um mero relator de fatos; é um guardião da sociedade, uma sentinela vigilante contra a corrupção e a desinformação. O jornalismo é o oxigênio da democracia. E se a democracia respira, é porque alguém está fazendo esse trabalho vital. A expressão 'pedra no sapato' é utilizada para:

22. Leia o poema 'Tarde', de Olavo Bilac: 'Tarde, eu te amo! Eu amo essa beleza Que em ti se espalha, e me faz deitar o meu pensamento No teu silêncio, no teu movimento Em toda a natureza que em ti pesa!' No trecho, o eu lírico utiliza a figura de linguagem da personificação, pois ele:

23. Leia o trecho de um artigo de opinião sobre a preservação da memória e do patrimônio histórico: O passado que habita em nós As ruínas de um casarão antigo, o cheiro de um livro empoeirado, a melodia de uma canção folclórica - tudo isso é mais que um resquício do tempo. É a memória viva que nos conecta com quem fomos. A destruição de um prédio histórico não é apenas a perda de uma estrutura de tijolos; é a demolição de uma história, de uma identidade. Negligenciar o passado é o mesmo que amputar uma parte de nós mesmos. É ficar sem chão, sem raiz. O patrimônio histórico é a âncora que nos mantém firmes na tempestade do presente, garantindo que não sejamos levados pela correnteza do esquecimento. Qual é a principal tese defendida pelo autor sobre o patrimônio histórico?